Cambada é uma das experiências mais fantásticas que tive em pouco mais de dez anos de fundação da editora Apologia Brasil, nascida justamente pra juntar gente da terra, talentosa e amante da cidade, como o Erick Bernardes. Experiências diversas que configuram verdadeiro privilégio como editor, cúmplice, publisher e, enfim, um metaleitor por ler, pós-ler e algumas vezes ter participado ou estar dentro do texto-memória, texto-história; e textos-fantasia adequados ao próprio feliz formato de crônicas sequenciais, sempre postadas aos domingos no site do jornal.Eu mesmo comi o araçá em Largo da Ideia: bate-papo e história. Sim amigo leitor, eu estava lá com o autor e vi de perto como se dá o seu processo de criação! Todos os dias, ao levar meu filho à escola, redivivo a estação de trem do Porto da Madama (pág.82), me deparo com as noivas do Paraíso (pág. 87) sempre a comprar o pescado do fim de semana atrás do Grand Marché, que ele de implicância omite em seu texto. E num desses acontecimentos raros e cósmicos, viajamos, minha esposa e eu, com a Aline, motorista de Uber, logo após publicação da crônica sobre o Patronato, na qual ela é personagem.Zé Garoto, Rodo, Brasilândia, e tantos outros bairros, lugares, ganharam novo significado depois do Erick. Ganharam vida.Aqui estão reunidas apenas 40 crônicas, e já vos asseguro um segundo volume. Boa leitura.Helcio Albano, editor.Leia mais