Sem excessos técnicos, jurídicos ou tecnológicos (especialmente matemáticos), o autor dialoga com juristas e tecnólogos tentando, segundo ele, “oferecer uma pequena contribuição para (i) facilitar o diálogo interdisciplinar dos envolvidos na construção de um processo eletrônico com o melhor das atuais tecnologias e (ii) apontar caminhos para, sem violar a Constituição e a lei, incorporar a inteligência artificial (IA) do aprendizado de máquina (machine learning) ao sistema eletrônico-processual.”O uso da IA nas decisões pode ajudar a vencer o conhecido gargalo do processo eletrônico? No trajeto para uma resposta, em 18 capítulos, após um esforço de ambientação semântica e pragmática, o autor trata do necessário para entender, de maneira fundamentada, o que significa entregar decisões a algoritmos: estrutura, algoritmos, modelos, inteligência artificial - machine learning, redes neurais, função/variância/tendenciosidade. Busca, sempre, conectar a exposição com a teoria e a prática jurídicas.A partir do capítulo 12, já postos os fundamentos, a obra traz diretrizes práticas para nortear o esforço de automatizar decisões. Tais diretrizes são denominadas de axiomas e leis: axioma da substituição, axioma do monojuízo, lei da variância, lei da tendenciosidade, lei da compatibilidade e lei do fator hermenêutico. No final, a obra traz sugestão prática aos tecnólogos (capítulo 18).5 Anexos apresentam noções complementares: argumento do quarto chinês, de John R. Searle; interpenetração - de Parsons/Luhmann; o modelo GPT-3 da OpenAI e métodos e modelos dos sistemas sociais.A obra é prefaciada pelo professor doutor Aires J. Rover, notório vanguardista da área de IA e assíduo incentivador dos programas interdisciplinares de Direito e Engenharia e Gestão do Conhecimento da UFSC.Leia mais