Quando eu era jovem, o percurso de vida geralmente aceite era – terminar a escola, arranjar emprego, casar, ter filhos e assentar numa longa vida de trabalho árduo, sem fim à vista, a não ser a reforma aos 65 anos, altura em que já se estava demasiado velho para a gozar.
Tinha 19 anos quando me apercebi que essa vida não era para mim e decidi tentar começar pelo fim. Reformar-me-ia aos 19, enquanto ainda era suficientemente novo para aproveitar ao máximo. O trabalho viria depois – talvez dali a trinta ou quarenta anos.
Esta é a primeira parte da minha história – como descartei a oportunidade de uma educação privilegiada e de uma carreira brilhante, optando por vagabundear por toda a Europa durante alguns anos, até finalmente vir assentar no Algarve, onde tive um rasgo de sorte, fiquei apegado emocionalmente a um cão vadio e me apaixonei pelo país e suas gentes.