1837, a Província de São Pedro sangra soldados e farrapos, o charque salga e tinge os arroios em um dos invernos mais rigorosos que o lugar já viu. Nesse banhado inóspito, família religiosa fenece na moradia erguida em um lugar de solidões: de um lado a vastidão e o perigo de um oceano doce, de outro o charco impenetrável e sua bruma constante.Um assassinato estremece as fundações desta família e eventos misteriosos prenunciam um mal desconhecido.No cancioneiro platino os descendes dos povos antigos eram embalados por sussurros“Duerme, duerme, negrito,si el negro no se duermeViene el diablo blanco”.Na noite escura a praia treme o frio desolamento, o sino do bode fende o silêncio junto com o balir da ovelha, será que Deus ainda habita nesse esquadro de sua obra? Será que ainda há algo capaz de salvar os homens de suas próprias maldições? Duerme, duerme.Leia mais