Em Campos dos Goytacazes-RJ, o doce chuvisco têm status de patrimônio imaterial. Mas como esse doce se torna tradição na cidade? Quais são os caminhos percorridos que fazem dessa tradição um patrimônio que faz parte das festividades de um povo? Mesmo que a oralidade reproduza uma origem comum na doçaria conventual portuguesa, o presente livro tenta avançar em busca de novas pistas ao consultar documentos inéditos sobre a doçaria campista e suas maiores promovedoras, as doceiras. Fruto de um trabalho de conclusão do curso de especialização em Literatura, Memória Cultural e Sociedade do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense (IFF), a pesquisa contida nestas páginas se apresenta, até o presente momento, mesmo sem trazer conclusões determinantes, como um marco investigativo sobre a história do chuvisco na cidade que nos leva a um passeio pela relação Brasil e Portugal na construção de uma gastronomia que resiste ao tempo pelas mãos de habilidosas doceiras.