” Andar em pé no bagageiro da bicicleta do meu pai era o meu orgulho, a minha marca, já que nenhuma outra criança andava assim! Ficava cheia de pose, arriscando passos de trapézio, sem o menor medo de cair. Aquele bagageiro de bicicleta era como se fosse um palco onde eu podia viver todas as fantasias, e respirando profundamente eu as vivia na imaginação. Penso que naquela Blumenau da década de 1960, com seus 60.000 habitantes e suas ruas sem calçamento, não havia quem não prestasse atenção naquela menina corajosa que não temia andar em pé no bagageiro da bicicleta do seu pai.”