O livro Poesias e Mandalas, de Isabel Lucena, possui uma especial beleza oriunda de uma observação peculiar da autora ao enfrentar e compreender o Universo, como mundividência. Seu olhar atento para fora possui a graça estimulada pelo entusiasmo criador, de quem anuncia uma total reverência à Natureza e a imagética proporcionada pelas leituras e pela viagem iniciática que ela fez a lugares sagrados no Peru, na Bolívia, no Equador, na Colômbia em Cusco, em Machu Picchu...Com a imagem da natureza na mente, poesias e mandalas surgem a cada página com carga própria e, imediatamente, estimula a sensibilidade e a inteligência do leitor para compor, como um jogo, uma cosmovisão poética do que se está a mostrar: uma permanente e compacta projeção do eu poético na Natureza, ou seja do “não eu”, tornado objeto de conhecimento daquilo que vê e o eu do poeta, matriz do seu comportamento, que se volta para dentro, introverte se, auto-analisa-se e se faz espetáculo e espectador ao mesmo tempo, como diante do espelho.Leia mais