Nas circunstâncias atuais do cenário político brasileiro, a necessidade de mudanças na estrutura política se mostram prementes. Assim, mais uma vez a sociedade brasileira está diante do tema Reforma Política.Porém, algo de muito importante ocorreu no Brasil, entre os períodos de 1994 a 2012: o fortalecimento das instituições democráticas, a estabilidade econômica, e, pós eleições de 2002, fortes avanços nas áreas sociais, culturais e de ensino.Contudo, esse mesmo amadurecimento social não favoreceu a uma mudança de perspectivas das escolhas dos representantes políticos, ao ponto de ser elegido um palhaço para a deputado federal, e, diga-se, um dos parlamentares mais votados da história democrática do Brasil, pós regime militar. Há, portanto, no Brasil, uma crise de representatividade democrática, inclusive já reconhecida na literatura especializada.Quando se abre o debate para mudanças de cunho político, o diálogo não é tão promissor, pois há projetos de lei e propostas de emendas à Constituição versando sobre esse assunto, tramitando na casa das dezenas, em paralelo, no Senado e na Câmara Federal.Houve, entretanto, mudanças pontuais, como a possibilidade da reeleição para os cargos do Poder Executivo, a necessidade de prestações de contas dos candidatos durante o processo eleitoral, e ao final dele, uma maior transparência sobre os financiadores das campanhas eleitorais, prazos diferenciados permanecia mínima nos partidos políticos por parte daqueles que desejam concorrer a cargos eletivos, etc.Uma característica comum das principais iniciativas de mudanças propostas em trâmite no Congresso Nacional é que em quase nada se encaixam no conceito de Reforma Política que será elabora no decorrer desta dissertação. Muito embora fiquem distantes da compreensão de uma mudança de paradigma democrático constitucional, essas diversas tentativas de mudanças visam, de certa maneira, adequar as vontades políticas imediatistas, e sugerir um falso cambio de ideias e esquemas eleitorais.Leia mais