O livro traz uma reflexão, pelo ponto de vista de um Tupinambá, sobre o etnocídio histórico como política de Estado no Brasil, desde sua invasão até os dias atuais, e cujas principais vítimas são os povos indígenas. O autor aborda como o governo brasileiro utilizou o termo pardo para apagar a ancestralidade indígena no Brasil, ao unir as pessoas autodeclaradas da Cor ou Raça parda com as autodeclaradas da Cor ou Raça preta nos questionários do Censo do IBGE, oficializando a categoria extra-censitária das pessoas “negras” do país, e invisibilizando milhões de pessoas indígenas que foram historicamente educadas a se reconhecerem nos documentos oficiais como pardas.