Você já esteve diante de algo que desse sentido a tudo? Eu também não. Então acho que poderia encontrar essa plenitude em algum lugar em frente ao mar, no fim daquela estrada que se abre diante da porteira do sítio onde vivo. E tudo porque uma certa manhã me senti maior do que sou (exatamente como acontece em qualquer folhetim). Tive que abandonar o lugar para tomar a estrada. Não fui sozinho, fui com um amigo que fica entre o saber e o não saber o que vamos encontrar. E encontramos um delegado com uma intimação, um escritor que abusa da paciência, um músico com muitas memórias, um padre e um professor que equilibram um velório, uma motorista de ônibus e uma poetisa que derrete miolos. E nenhum deles responde coisa alguma. Mas o viajar é mais que a viagem. Não é?