Um belo dia – ou não, quem sabe, talvez, depende – uma pessoa acorda e decide que até antes de dormir seria uma pessoa amada. E essa pessoa – “pessoa” porque não sabemos se é homem, mulher, os dois, nenhum – passa o dia inteiro, e todos os outros antes desse, nessa busca incansável de descobrir o que é ser aquilo que os outros são.
Como tudo… não, “tudo” é muita coisa… então vamos chamar de “Udo”.
“Udo” é uma pessoa que se sente incapaz de compreender completamente o mundo e as pessoas que existem fora de sua percepção, e por isso cria mundos e pessoas dentro de si onde reflete e aprende como sobreviver nessa insanidade que é o mundo real.
Vivendo e nomeando os seus dias com expressões tipicamente francesas, que são muito difíceis de explicar ou de fazer sentido na sua língua-mãe; Udo vai se revelando uma pessoa que nasceu para ser amada, e não entendida.