O presente trabalho procura de um lado, investigar a origem histórica do que se entende, dominantemente, por razão na modernidade, caso para o qual Carl Becker em sua análise da razão natural enquanto substituta da revelação será fundamental; e, por outro lado, as consequências às quais nos levou esse tipo de racionalidade. Passando pela análise de René Guénon a respeito do materialismo moderno (o reino da quantidade) até Heidegger, para quem subjetividade e objetividade na modernidade culminam, na verdade, na supremacia do sujeito sobre o objeto, todo o desenvolvimento a partir daí haverá de expor como esse processo resulta, em último caso, no domínio já agora exercido sobre a própria humanidade do homem. Essa humanidade do homem dominada, doravante, será analisada a partir de Nietzsche, tanto sob a perspectiva de uma modernidade envolta nas sombras de um deus morto, quanto do último homem, do qual a segurança, a domesticação e o domínio, serão invariavelmente a principal marca.