Antigamente, as mulheres que ficavam grávidas tinham desejos das quais hoje não vemos mais. Minha tia teve o desejo de comer barro de argila quando viu um pedreiro jogando reboco em uma casa de taipa (Pau a Pique). Entrou de boca na massa e comeu até que seu desejo se acabasse.Outra senhora desejou comer terra de um formigueiro de saúvas; outra de comer blocos de tijolos; outra de comer tanajuras assadas e etc.
Tia Dermira uma certa vez nos contou o desejo dela quando grávida de sua caçula. “COMER A VENTOSIDADE ANAL” do porco, vulgarmente chamado de “peido”. Chego no ápice da minha narrativa ao abdicar de todos os meus conhecimentos e admirar com grande esplendor, essa prosopopeia humana. As gargalhadas tomaram conta da cozinha de minha avó, onde estavam reunidos entre filhos e netos na beira do fogão de lenha.