Direito Geek traz abordagens e temáticas atuais trazendo o direito para dialogar com objetos comunicacionais como seriados, animes, videogames, filmes, quadrinhos, redes sociais, literatura fantástica e distopias, entre outros. As possibilidades são múltiplas e convidam à reflexão sobre temas densos como bioética e biotecnologias, direitos do consumidor, direito civil, filosofia do direito entre outras. As análises de obras como Star Wars, Outlander, Death Note, etc – muitas vezes acusadas pejorativamente de serem muito “juvenis”, “rasa” e/ou “efêmeras” – podem contribuir de forma bastante complexa para os debates sociais, estéticos e tecnológicos que tiram o sono de cientistas sociais. O conjunto de artigos contidos nos dois volumes demonstra com bastante sagacidade que não há como descolar tecnologia, cultura, sociedade e direitos dos objetos produzidos por humanos e não-humanos e que a cultura geek explora em suas mais variadas vertentes e fenômenos, um verdadeiro mapa de relações jurídicas e sociais que nos constituem enquanto humanidade e demonstram autores atentos aos acontecimentos e produtos culturais de seu tempo.Acredito que o caminho aberto por essas duas coletâneas amplie os portais para multiversos e encontros para pensar a cultura geek na Academia fora dos quadradinhos das áreas formatadas muitas vezes pela burocracia e pelas disputas dos campos do saber e dos protocolos do jargão acadêmico. Vida longa e próspera ao Direito Geek!
Do Prefácio. de Adriana Amaral
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃOAngelita WoltmannMarco Aurélio Serau JúniorRoberta Oliveira Lima
PREFÁCIO Adriana Amaral
1. OS ROBÔS DE ISAAC ASIMOV E A INSERÇÃO DA TECNOLOGIA NO PROCESSO JUDICIAL: DAS BABÁS POSITRÔNICAS AOS JULGADORES DO DESTINO DOS SERES HUMANOS Alberto Luiz Hanemann Bastos
2. A JUSTIÇA DE KIRA: O SIGNIFICADO DE JUSTIÇA NO ANIME DEATH NOTE A PARTIR DA TEORIA DA AUDIOVISÃO Amanda Muniz OliveiraRodolpho Alexandre Santos Melo Bastos
3. OS CRIMES DE EREN YEAGER E A ATUAÇÃO DO TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL Ana Laura Rafagnin SalesLucas de Moura Alves Evangelista
4. DON’T PANIC: A EXTENSÃO EM DIREITO COMO INSTRUMENTO PARA A SOCIALIZAÇÃO DA PESQUISA SOBRE A DESESTIGMATIZAÇÃO ENTRE A RELAÇÃO (NEGATIVA) ENTRE VIDEOGAMES E VIOLÊNCIA NA (CIBER)CULTURA ADOLESCENTEAngelita WoltmannFranciéle Feliciani TaschettoRômulo Soares CattaniRaoni Paiva PereiraVictoria Schneider Rocha
5. VIS A VIS ENTRE O TRABALHO E A PENAAngelo Antônio Cabral
6. CRIME DE ESTUPRO E AS SUAS CONSEQUÊNCIAS NO ÂMBITO JURÍDICO E SOCIAL QUANDO A VÍTIMA É DO SEXO MASCULINO: UMA ANÁLISE DO EPISÓDIO “TO RANSOM A MAN´S SOUL” DA SÉRIE OUTLANDER Beatriz Gonsalves de Almeida
7. PESSOAS DESAPARECIDAS NA FICÇÃO E SEU TRATAMENTO JURÍDICO Camila GrubertWilliam Soares Pugliese 8. O JULGAMENTO DE TYRION LANNISTER E O SISTEMA ACUSATÓRIO: limites principiológicos do poder punitivo estatal Celso Alves Bastos NetoJair Antônio Silva de LimaLuan Leal Cerqueira Santana
9. UM CONFLITO ENTRE OS DOIS LADOS DA FORÇA: O DEBATE DE HANS KELSEN E CARL SCHMITT NA PERSPECTIVA DE STAR WARSChaiene Meira de Oliveira
10. BIOÉTICA E CYBERPUNK – UMA ANÁLISE SOBRE O “FLERTE” DA SÉTIMA ARTE COM A BIOTECNOLOGIA DISTÓPICA Clara de Lima Silva Mascarenhas
11. ANÁLISE SOCIOSSEMIÓTICA DO DIREITO DE RESISTÊNCIA: O QUE TEMOS A APRENDER COM A CULTURA GEEK Fernando de Oliveira Domingues Ladeira
12. BATMAN ARKHAM CITY – UM RETRATO LITERAL DO SISTEMA PRISIONAL BRASILEIRO Gabriel de Oliveira SoaresVitória Ribeiro Lopes