Em Outubro de 2020, exatamente no dia do meu aniversário, eu acordei triste. Não apenas pela situação que vivíamos – e ainda vivemos! – por conta da pandemia, mas, principalmente, por saber que não veria as pessoas que mais amo, presencialmente.Eu tinha sonhado com uma festa de 50 anos, para mim, significando “meio século” de existência! Sei lá, pode não ser importante para os outros, mas datas redondas me encantam… E eu sabia que esse sonho estava distante. Talvez, nem uma festa de 51 anos.. O que estaria por vir?Passei a manhã acabrunhada, melancólica e num determinado momento, comecei a chorar. Minha raiva se dirigiu ao externo, ao porquê de estarmos vivendo isso, coletivamente. E claro que conheço muitas soluções internas e externas, de muitas dimensões. É lógico que meu entendimento do Universo não é tão raso assim, mas era mais forte do que eu, era quase que infantil. De quem era a culpa? Havia um culpado! Culpei, finalmente, aquele que poderia ser julgado, condenado e penalizado, sem que ele retrucasse, me atacasse, ou sequer, se justificasse. Culpei, na lata, Deus.Leia mais