Sem presentes de aniversário. Sem reuniões de família no natal. E menos ainda abraços no dia dos pais.
Meu nome é Julio Furtado, tenho 16 anos, umas trocentas espinhas na cara, cicatrizes pelo corpo inteiro e uma vontade imensa de sumir no mundo.
Apanho em casa, apanho na escola e todo dia alguém é assassinado no meu bairro.
Já que nenhum CEO vai me salvar, arrumei um emprego como atendente numa call center e agora também sou xingado e amaldiçoado até a última geração por clientes cheios de razão. Não vou nem dizer o que eu penso do meu chefe, não posso usar esse vocabulário aqui.
Essa é a minha história: preciso mudar de vida, pois estou correndo riscos. Minha casa não é um lugar seguro e eu quero ter dinheiro o bastante para ir embora assim que o relógio marcar meia noite no dia do meu aniversário de dezoito anos.
Enquanto isso, também quero devolver as surras que eu levo do ** ****** do Farias na escola. Tenho certeza que tombo aquele imbecil no primeiro soco, mas antes preciso me livrar dos outros quatro que ficam me segurando.
Maaaas… estou fazendo TUDO errado. É uma cagada atrás da outra.
Você vai dar risada da minha cara em algumas partes, vai fechar o ** de pavor – não vai passar nem wifi – em outras, e com toda a certeza vai odiar o careca do meu pai.
Isso aqui está longe de ser um melodrama. Tem um suspense bem tenso, tem humor e altas baixarias. Será que também vai ter algum romance? Quem sabe…