O que Michelangelo tem em comum com Fernanda Montenegro? E Graciliano Ramos com Mozart? Ou Frank Sinatra com Leonardo da Vinci?… Apesar de as histórias de cada um distinguirem-se, todos eles se assemelham no fato de ser artistas e, mais que isso, de ter conseguido passar sua mensagem e eternizar sua presença, seja por meio de esculturas, telas, textos, músicas, filmes, livros, enfim, por meio da arte. Até hoje, é impossível ficar alheio a “Davi”, à “Divina Comédia”, ao “New York, New York”, a “Vidas Secas”. Mesmo quem nunca ouviu falar de nenhum desses exemplos, ao conhecê-los, não conseguirá ficar indiferente. Isso porque toda e qualquer forma de expressão tem o poder de nos fazer pensar, questionar, entender, sentir. E é justamente isso o que queremos propor em todas as edições da Projetos Escolares e, em especial, nesta. Ao virar esta folha, como sempre, você encontrará atividades que realmente fazem as crianças colocarem a mão na massa e criarem a própria arte. Na página 28, por exemplo, sugerimos que os alunos dêem continuidade ao projeto com argila, preparando uma borboleta e um peixinho. Já na 32, o quarto zoom na obra Jogos Infantis, de Pieter Bruegel, propõe que a classe substitua figurinhas por papéis de bala e se divirta com uma tradicional brincadeira. E, por fim, na seção “Entrevista”, trazemos um delicioso bate-papo com a coordenadora do curso de dança do Atelier Arte & Expressão, Carmen Oro, que mostra como a dança, além de contribuir para a formação motora dos alunos, pode “colaborar no desenvolvimento dos indivíduos como seres sociais, ao mesmo tempo em que proporciona experiências que favorecem o aprimoramento da capacidade de criação”. A idéia é fazer que as crianças usufruam de tudo o que a escola pode proporcionar e estimular e, mais que isso, que percebam que, dentro de cada uma, existe um Michelangelo, um Mozart, um Graciliano Ramos. Basta incentivá-los a aparecer e a criar.