Nos últimos anos tem sido meu interesse pesquisar a respeito da escravidão no Brasil e nos países da África colonizados por Portugal. Um olhar atento à sociedade revela ainda hoje consequências psicológicas e sociais da escravidão, suas manifestações reais e estruturais no cotidiano brasileiro, não obstante a tipificação do racismo como crime inafiançável e imprescritível (art. 5º, XLII, CF 1988). Trazer à tona e discutir este assunto é sempre delicado, porém, necessário para inibir situações análogas a escravidão e combater o racismo real e estrutural, ainda persistente em nossas sociedades.