Os Movimentos Nacionais: A Reforma Protestante começou na Alemanha quando Lutero publicou as “95 Teses”, transformando a teoria e a prática das indulgências. A Alemanha e a Reforma Luterana: Lutero partilhava a necessidade de uma religião interior, baseada na comunhão da alma, humilde e receptiva, com Deus. Com uma interpretação muito pessoal, Lutero defendeu que o homem, apenas pelas suas obras, é incapaz de se santificar e que é pelo ato de crer, ou seja, pela Fé, que se chega à santificação. Só a Fé torna o homem justo, não sendo as boas obras suficientes para apagar os pecados e garantir a salvação. A excomunhão pelo papa de Martinho Lutero quebrou a unidade da Igreja ocidental e iniciou um período de guerras que opuseram o Imperador Carlos V e alguns príncipes da Alemanha. A condenação de Lutero na Dieta de Worms e o seu desterro dividiu a Alemanha numa fronteira econômica e religiosa. De um lado, aqueles que desejavam preservar a ordem tradicional, incluindo o imperador e o alto clero, suportados pela Igreja Católica Romana. Do outro, os apoiantes do Luteranismo – os príncipes do Norte da Alemanha, o baixo clero, os grupos burgueses e largas camadas de camponeses – que acolheram a mudança como uma oportunidade para aumentarem a sua autoridade nas esferas religiosa e econômica, apropriando-se dos bens da Igreja.