Catarina de Vigri ou Santa Catarina de Bolonha (1413-1463) foi uma freira e santa italiana. Era filha de um diplomata. A tradição diz que seu pai recebeu uma visão dizendo a ele que ela iria nascer. Dama de honra da filha de uma marquesa, Catarina recebeu a mesma educação e treinamento de sua patroa. Fez-se franciscana terciária com 14 anos; a seguir, freira das Clarissas Pobres e madre das noviças. Estabeleceu um convento de Clarissas Pobres em Bolonha em 1456, e lá serviu como abadessa. Mística, fazia milagres e ainda era profetisa e visionária.
Também era pintora e decifrava manuscritos como se estivesse iluminada por um anjo. Em um dia de Natal recebeu uma visão de Jesus nos braços de Maria. Esta visão ela pintou em um quadro que se encontra no Museu do Vaticano.Faleceu na cidade natal, foi enterrada sem caixão e não foi embalsamada. Exumada dezoito dias depois, devido a milagres que ocorriam junto de sua tumba, o odor de perfume exalou de seu túmulo e o seu corpo estava incorrupto.Diante disso, foi chamado o doutor Maestro Giovanni Marcanova que examinou o corpo e não pode explicar o fato. Assim seu corpo foi vestido com roupa limpa e foi colocado em uma cadeira, em uma capela especial, atrás de barras e vidros onde está até hoje.
Na arte litúrgica da Igreja, Santa Catarina é mostrada como uma clarissa pobre carregando o Menino Jesus, ou em um trono com um livro, ou com uma cruz sobre seu peito, e descalça. É padroeira da Academia de Arte de Bolonha, dos artistas das belas-artes. Foi canonizada em 22 de maio de 1712 pelo Papa Clemente XI.
Sua obra, As Sete Armas Espirituais, endereçado especialmente às suas irmãs religiosas e filhas espirituais, trata da superação dos vícios (inclusive, dos que marcaram sua própria vida passada) e das virtudes necessárias para se alcançar a perfeição evangélica durante a vida no claustro.