A vila celta insistia em permanecer pequena e cativa do passado, escondida do mundo veloz e superpopuloso da sociedade moderna. Mas o passado de Lilibet, encravada nas terras do norte da Ibéria, talvez seja terrível demais para ser lembrado, muito menos cultuado, como faziam ali.
Quando uma pequena família cosmopolita deixa a capital para respirar o ar bucólico daquela minúscula vila tradicional, ânimos se exaltam, não só os deles próprios, mas também dos habitantes locais, desde o distinto e carismático druida até a bruxa velha e excêntrica de Lilibet.
Numa atmosfera lúgubre, alimentada pelo passado sangrento dos celtas antigos e pela superstição perigosa de uma cultura primitiva, “A Casa Podre” assombra e fascina com o drama de seus personagens, compondo um thriller psicológico e macabro, mas, ao mesmo tempo, divertido na figura da menina Kira Cerna, uma típica adolescente dos dias atuais, com seus dramas inconformados e alegrias fugazes.
Este é um romance que provoca a nossa memória ancestral e dá forma aos arquétipos mais primitivos do bem e do mal.