Todos procurando respostas, menos os ignorantes. Uns procuram a cura para o sofrimento de terem que suportar o peso de quererem ser felizes, como realmente são. Outros não conseguem aceitar a felicidade alheia. Uns julgamos dominadores de verdade incontestável, e outros, querendo apenas ser felizes sem empecilhos. A vida de Lorenzo, um garoto que sofre todos os tipos de discriminação possível, inclusive de quem mais deveria amá-lo. Do outro, a jovem Daniela, uma garota certa e lúcida de sua conduta, e que não aceita as decisões não conscientes de sua mãe. Jovens, porém, com algo em comum: a vontade de querer poder viver em um mundo onde a vida é tratada de forma igualitária, independente de cor, raça, etnia ou orientação sexual, como muitos pregam, mas que de fato não cumprem. No meio de tantas consultas na psicóloga, ambos sentirem-se desconfortáveis por pensarem que são doentes, e que muitas vezes o que eles são não passa de depravação ou uma doença sem cura. A doença da alma. Ambos os jovens, tanto Lorenzo, como Daniela, querem poder se sentir bem, livres, porém, são marcados, pela sociedade doutrinada de forma errônea e extremamente conservadora. Conservadorismo esse que se esbarra na pura e perfeita hipocrisia de quem utiliza instrumentos para corroborar os seus conceitos e pré-julgamentos. A Cura da Alma trafega dentre os meandros do sentimentos humanos, através de um texto em formato de peça teatral, escrito em 2013 por Hivton Ferreira de Almeida e só agora publicado.