Como um mosaico, o SUS se compõe através da singularidade das suas partes, formando uma imagem e até mesmo um retrato, que podem ser interpretados das mais diversas formas. Existe um SUS que não funciona, existe um SUS que funciona, existe um SUS que serve como ferramenta política, ou que serve como última esperança. Existem muitos SUS dentro do SUS. E este livro, que é feito de gente assim como o Sistema Único de Saúde, se encarrega de mostrar histórias que refletem acerca da saúde pública no cotidiano pelas experiências individuais de pacientes, percepções de estudiosos e trabalhadores da saúde. Uma literatura paralela ao que se vê na academia, aqui o SUS é abordado com importância e delicadeza, bem como sua complexidade e papel na diminuição das desigualdades sociais. Igual a um colecionador que procura objetos raros para sua coleção, os relatos mostrados neste livro possuem sua preciosidade, mas também possuem um teor de carga emocional, seja pelo fato de o sistema ter salvado ou prolongado vidas, seja pelo atual cenário de pandemia, ou pelo simples fato da escuta afetiva ser usada como recurso durante o processo de construção do projeto. Similar a uma fotografia, que revela além de uma imagem, uma lembrança, um sentimento e até um propósito, esta obra revela o SUS que a sociedade precisa enxergar: o SUS além do que é comumente visto nos jornais e na televisão, além de narrativas imparciais, um SUS necessário, que, apesar de seus problemas, pertence a todos.