O que seria de nós sem os amigos, não é mesmo? Para quem contaríamos aquele segredo, ou confessaríamos algum desejo? Diante de quem nos sentiríamos à vontade para chorar sem parecer ridículo? Pois é, e eles estão em toda parte. Podem estar em seus pais, irmãos, em seu marido, namorado, amante, primo, filho, professor... São raros, mas facilmente os identificamos. Afinal, são donos daquele sorriso que só a gente entende quando murcha, os responsáveis por aquela ruguinha de preocupação que nos surpreende quando sabemos que algo arriscado pode acontecer. Eles têm aquele abraço, lembra? Aquele cheiro... A amizade é uma aventura tão grande que – como meu pai fala sempre – só se explica pelo amor. Quando o “Seu Silveira” disse isso – é assim que chamo meu gordinho –, achei ousado para um pai. Onde já se viu? Meu pai me dizendo que eu amava meus amigos. Todos eles! Mas como é bom crescer, não é verdade? Pois quando a gente começa a enxergar as coisas assim, fica tudo mais fácil e bem mais gostoso. Amar sem pudores e sem preconceitos. Amar para trocar amor e espalhar respeito. Descobri que se propor a sentir pode ser mais simples do que se imagina, e também que as diferentes formas de sentimento são fundamentais no processo de troca que envolve nossas vidas e nos permite enxergar os acontecimentos com a beleza que eles merecem. É como disse Marcos Lara Rezende: “Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça”. Então, daqui para frente, faça como ensinou meu pai: comece pelo amor... e descubra como essa vivência é prazerosa.Leia mais