“Seria toda tua se pudesse, mas uma parte ainda é minha e esta, eu não dou, não empresto e não vendo.” Primeiro um sonho, aos quinze anos: uma mão lhe dando um livro e a voz dizendo: “aqui está teu livro: O Poente, o Poético e o Perdido.” São poesias vinculadas ao cotidiano das vivências de uma brasileira que passa muitos anos no Japão e de lá volta com esses poemas curtos, fortes e sutis, espelhos rápidos de um momento, o transcender entre dois mundos, como se fossem haicais. As rimas atingem certeiras o alvo: expressar o viés feminino desses olhares. Ana Claudia Marques nos olha oblíqua, sem dissimulações, em versos claros. – Deonísio da Silva