O livro trata da atualização de impulsos utópicos através da trajetória poética do artista Francis Alÿs e de seu entrelaçamento com a noção de “direito à cidade” desenvolvida por Henri Lefebvre. Mais especificamente, questiona o potencial de reflexão e de transformação que essa produção artística apresenta em relação à nossa forma de pensar e de ocupar o espaço público, tanto de um ponto de vista temporal quanto espacial. O estudo tem como objeto empírico ações poéticas de Alÿs realizadas em grandes cidades ocidentais, majoritariamente latino-americanas, entre o final do século XX e início do XXI. O diálogo entre teoria e prática configura a espinha dorsal deste texto, que busca em obras artísticas a atualização dos conceitos trazidos por autores do século XX e XXI e a reverberação dessas práticas na teoria.