Marília de Dirceu é o título da obra poética máxima de Tomás Antônio Gonzaga, integrante do Arcadismo.
Manuel Bandeira, analisando a obra-prima, registra que “nenhum poema, a não ser Os Lusíadas, tem tido tão numerosas edições“. Sua importância na literatura de língua portuguesa é, portanto, basilar.
Publicado em Lisboa, em 1792, ano em que Gonzaga partira para o exílio em Moçambique, relata seu amor por uma brasileira: Maria Doroteia Joaquina de Seixas Brandão, de quem fora noivo.
Informa José Marques da Cruz, no seu “História da Literatura“, que este era
“O livro de cabeceira do grande lírico português João de Deus” e que este poema são “versos amorosos, de uma ternura comovida, em descantes graciosos, à sua namorada Marília, tão cheios de sentimento que Romero diz ser ele “o mais afamado dos poetas mineiros” e Pereira da Silva “que os seus versos rivalizam com as mais belas canções de Petrarca”. O que caracteriza os seus versos é a simplicidade, a espontaneidade tão natural, que parece prosa fluida e cantante.“
Leitura indispensável!