Este guia aborda vários pontos essenciais para reflexão e criação de novos paradigmas no processo ensino-aprendizagem de inglês, em escolas de ensino regular, principalmente, com alunos surdos e ouvintes que compartilham simultaneamente a mesma sala de aula.Para sua confecção foram utilizadas: pesquisa acadêmica em bancos de dados online e, também, pesquisa empírica a partir da aplicação da oficina “Multilinguismo: que universo é esse?” realizada em espaços formais e não formais, destinados a discentes, docentes e público em geral das instituições visitadas pelo Museu Itinerante de Neurociências (MIN), parte integrante do Museu de Neurociências (MN) durante os anos de 2017 e 2018.Visamos informar, conscientizar e contribuir para mudanças da cultura de pensar a sala de aula de inglês com surdos e ouvintes, considerando a aplicação das interfaces: Português/Inglês, Português/Língua Brasileira de Sinais (Libras) e Inglês/Língua Americana de Sinais (ASL do inglês American Sign Language), favorecendo oportunidades de aprendizagem para os alunos, partindo-se dos princípios ideais de um desenvolvimento pleno para todos.Delineado por um processo de metaconstrução, ancorado por tecnologias digitais, o conteúdo traz recortes da dissertação de mestrado da autora (Ribeiro, 2019), de suas apresentações nas oficinas interativas do MIN e de trabalhos apresentados em eventos nacionais e internacionais e artigos publicados (Sholl-Franco e Aranha, 2015; Schenka-Ribeiro e Sholl-Franco, 2018, 2019a; Silva, Aranha E Sholl-Franco, 2019). Os temas e sua ordem sequencial, apresentados no índice, refletem a importância de um percurso acadêmico e intelectual forjado para amadurecimento e emancipação de um projeto inusitado para a autora que pode se apresentar aos olhos dos leitores como um ponto de partida promissor para novas práticas didático-pedagógicas no processo ensino-aprendizagem de inglês tanto para alunos surdos e ouvintes, que convivem na mesma sala de aula, quanto para surdos e seus pares em instituições especializadas, ou não.Consideramos que as exigências da sociedade por acessibilidade e mais oportunidades de trabalho; as garantias de direitos adquiridos; o desenvolvimento de políticas educacionais inclusivas eficazes; o dinamismo e profusão de inovações tecnológicas; a produção de materiais autênticos; amplo planejamento e o trabalho coletivo nas escolas, dentre outros aspectos, são propulsores para rupturas de barreiras físicas, psicológicas, atitudinais. Portanto, inspirar novos profissionais à renovação de suas práticas, consolidando-se respeito e equidade dentro de um cenário de diversidades e diferenças torna-se uma necessidade premente.Entendemos que a educação é um espaço-tempo de responsabilidade, comprometimento e solidariedade que acolhe cada aluno em sua individualidade, independentemente do seu status quo. A diversidade é luz no caminho que enriquece os detalhes do aprendizado, criando universos autênticos, criativos e inovadores, possibilitando descobertas de grande valor para a sociedade, bem como o aparecimento de mentes brilhantes e grandes talentos. Nós, educadores, não podemos ficar alheios a isso.