Existe alguma força mais profunda e misteriosa, um certo apego à vida que nos sustenta? E também papéis que somente nos cabem no cenário da vida? O que coloca alguém de pé mesmo quando se é “folha deitada”? Esse é o motivo da publicação deste livro. O que é ser Humano, o que é transitório e esperançar? Há algo a se militar quando não se tem algo a oferecer? Principalmente quando a vida e condição de ser humana é mais frágil?
Esse livro pretende ser um livro-ativista em prol da vida. Diferentemente dos conceitos ainda muito divulgados que uma pessoa depressiva é (coloque qualquer discurso de ódio aqui) há beleza. A condição de estar deprimido é passageira. Quantos futuros artistas precisarão ser acolhidos no seu nascimento? Haja calor humano. Esse livro é uma pausa para a contemplação que no vazio há ainda vida. Há ainda esperança nas ruas desertas de qualquer coração. Que sentir é o que nos faz humanos, mas não somente isso. É um protesto em dizer que a nossa humanidade está no acolher e cuidar. No amor genuíno sem trocas. E que a vida não tem preço. O outro é joia rara, às vezes em processo de refundição.
Há vida na dor e além dor.
Há curva no beco (sem saída).
Há amor para consolar os aflitos. Por experiência própria e de um lugar mais confortável. A autora traz questões pertinentes sobre a condição de ser humano, da transitoriedade da vida através do sentir. Um sujeito depressivo não se resume a sua dor. É além disso – ser Humano. Raridade. E, portanto, patrimônio a ser conservado independente do seu muito ou não sentir. Mas no valor intrínseco a sua própria vida. Aqui moram vários versos-protestos. Pausas de quem sentia demais e quem não queria mais sentir, mas que por resistir, ganhou asas e vôo livre no papel. Assim a autora convida a todos a contemplar a vida por outros ângulos e perspectivas. Cada um pode ter diferentes respostas e que independente da intensidade do sentir há esperança, amor, reflexão e tempo que ainda nos resta para repensar o que é ser/estar humano. É um convite através da arte de reinterpretar a vida. Sob a ótica da Escrita.