Este estudo examina o processo de state-building kosovar sobre uma ótica que vai além da abordagem convencional das Relações Internacionais, utilizando-se de conceitos da Teologia Política, Filosofia da Religião, Sociologia da Religião entre outros. A hipótese busca testar se o processo de state-building do Estado Kosovar foi autêntico em si, ou se foi um processo que imitou extensivamente o processo europeu, no que tange a seu conceito próprio de sua interação entre religião e política. Para tanto, foi necessário identificar a visão de religião na União Europeia e em Kosovo, descobrir se estas eram ou não compatíveis e perceber qual visão teve maior influência no processo de state-building. Os temas tratados levaram à busca de conceitos que permitissem, ainda que dentro das Relações Internacionais, articular os termos de Religião Substitutiva, ideologia, cosmovisão, política e fundamento da realidade. Com esta finalidade, foi consultado o campo da Teologia Política, da Filosofia da Religião e o campo das Relações Internacionais. Os métodos empregados foram estudos de caso com recortes temporais específicos, análises documentais e revisões bibliográficas. A pesquisa foi realizada no sentido de procurar um impulso inicial para a discussão destes termos nas Relações Internacionais em relação aos processos de State-Building. Com seu desenvolvimento, foi possível detectar tendências tanto do pensamento europeu quanto do pensamento kosovar sobre a dialética proposta e seus impactos e consequências na formação dos dois atores do Sistema Internacional.