De um lado, o povo de Cabinda que há 45 anos clama pelo seu direito a autodeterminação, evocando razões históricas e políticas, com argumentos convincentes e documentos probatórios da legitimidade das suas reivindicações;Do outro, Angola, que se recusa a desocupar o território, que, embora não seu de fato, é o pilar incontestável da sua economia. Por isso, disposto à todas manobras passíveis para não o perder, negando aos cabindeses, portanto, o direito de liberdade e independência. Eis a realidade que caracteriza o conturbado convívio entre Cabinda e Angola, desde a independência desse último, há quatro décadas e meio, até a data presente.