Quando eu era criança, sonhava em ter milhões de animais. Meus pais se divertiam com os meus planos, onde eu teria uma fazenda de baleias, com muitos cachorros e golfinhos. Como na cabeça de criança tudo é muito prático e permitido, as baleias e os golfinhos (como o Flipper e a Orca, a Baleia Assassina…) viveriam em um grande lago e seriam meus grandes amigos. Já os cães, filhotes do Rintintim e da Lessie andariam soltos pelos campos verdejantes. Para completar a família, decretei que o ratinho Ben viveria entre nós, pois todos merecem um lugar no céu. Quem é o Ben? Um roedor pretinho, que o Michel Jackson imortalizou em uma música do mesmo nome. Claro que por mim teria todos ao meu alcance ainda na tenra idade e infernizava os ouvidos de minha mãe com pedidos incessantes. Não vamos comentar o caso das baleias e dos golfinhos, porque nem tem o que se falar…Já os cachorros, um pouco mais possível, eram grandes demais para o pequeno apartamento da Zona Norte de São Paulo. Um dia, passeando em uma loja de animais (naquela época não existia Pet Shop!), encontrei uns ratinhos que eram o meu sonho de consumo. Mas não tinham rabo… Os hamsters, primos diretos do meu astro do cinema, eram animais que acabavam de chegar ao Brasil. Pequenos, silenciosos, carinhosos e limpinhos: perfeitos para uma criança paulistana. Foi o dia mais feliz da minha vida, afinal o Binho e a Minnie foram comigo para a minha casa. Não preciso dizer o amor que dediquei àqueles pequenos. Acredito que era tanto carinho que o Binho viveu, acreditem, mais de 4 anos. A Minnie, toda branquinha, era mais melindrosa, como toda mulher tem que ser, mas ele era um lord! Contar nesta edição um pouco sobre estes adoráveis animais é mais que um prazer. É lembrar daqueles que amamos muito e que sempre vão estar presentes no nosso coração. Se você tem um amiguinho desses em casa, aproveite cada página e conheça seus truques, brincadeiras e necessidades. Eles merecem!