A DOUTRINA MORAL DE CONFÚCIO.
Frescas, como gotas de orvalho em flores numa manhã de primavera, são as doutrinas morais de Confúcio, escritas pelo grande filósofo e professor chinês da antiguidade, tão frescas como se não tivessem passado mais de dois mil e quinhentos anos desde então. Mas o por que é que estas doutrinas têm de impedir que envelheçam com o tempo? Devem conter muita sabedoria eterna para que isto aconteça.
Sim, as doutrinas enunciadas no seu tempo por Confúcio contêm os princípios essenciais que devem reger a conduta humana em quaisquer circunstâncias, para que os homens poderem viver em perfeita harmonia longe de guerras e conflitos, fazendo o bem, evitando o mal, e protegendo os mais fracos e indefesos para que possam desenvolver-se e subsistir no meio da competição pela sobrevivência, que por vezes se revela brutal e impiedosa, apesar do elevado grau de desenvolvimento económico e industrial alcançado pela sociedade moderna.
Estas doutrinas promovem um tratamento justo para todos os seres humanos, tomando a família como a célula básica da sociedade e mantendo o respeito, sobretudo pelos pais, leis e governos justos, que é como Confúcio apreciava que o frágil equilíbrio da união entre os homens poderia ser alcançado. Se não houver respeito, se as regras não forem observadas, a sociedade cai no caos, os valores humanos essenciais são espezinhados e destruídos, e o homem começa a agir por instinto, aproximando-se do lado animal no seu comportamento.
Mas quantos erros devem ser cometidos na formação ética e moral dos cidadãos para que isso aconteça, mas sim, por vezes acontece e o caos inunda as ruas, e o comportamento das pessoas é feito sob a regra dos instintos, sem controlo, ou regras que podem levar os indivíduos a comportarem-se civilizados, o que pode trazer inúmeras formas de desordem e não observância dos preceitos morais de conduta.
Em tais condições, o valor dos cânones familiares não é respeitado, nem o dever e respeito pelos pais e anciãos, e muito menos pelos governos, que obviamente, não ganharam a confiança dos cidadãos através de comportamentos inadequados onde o nepotismo, a corrupção, o abuso de poder, e acima de tudo, deixando de lado o essencial para qualquer governante, colocar em primeiro lugar os interesses e necessidades dos cidadãos, ou seja, o povo acima de tudo.