Viajar de motocicleta pode ser considerado, por alguns, uma aventura muito perigosa, sem propósito, desnecessária. No entanto, para o motociclista esse ato é um estilo de vida, uma aventura com risco
calculado, necessária, que faz bem ao corpo e à alma.
No meu caso, essa sensação de bem-estar veio com o tempo, com a prática. No início foi sofrido, doloroso, assustador. As viagens foram moldando o meu espírito de aventura e a liberdade inerente a todos nós, motociclistas, e transformando-me à medida que eu viajava. E a sensação, depois disso, foi de prazer, satisfação e divertimento.
Nessas viagens por estradas e paisagens exóticas, desérticas, subindo e descendo cordilheiras, em retas intermináveis ou serpenteadas, vou vendo e revivendo o meu passado, presente e planejando o futuro.