2020 foi um ano em que o mundo literalmente parou por causa de um ângulo invisível a olho nu. Imensas pessoas começaram a fazer contas à vida, grandes questões identitárias começaram a ser levantadas por muita gente que de verdade se questionava sobre o que vieram a fazer com a sua vida. Eu pessoalmente resolvi passar à próxima fase dos meus projetos e parar de esperar que a equipa certa se forme. Já à algum tempo que vinha a escrever textos na minha rede social, sendo apoiado e motivado pelos que me seguem a investir na escrita. “Porque não escreves um livro?” Diziam e dizem muitos, e já com o hábito de escrever música sempre criei imensos textos no meu telefone a que chamo de “cultiva frases”. A motivação dada pelos que seguem não só o que canto ou falo mas também o que escrevo, fez-me refletir sobre esta forma de partilhar mensagem. Fizeram-me pensar sobre a possibilidade de organizar-me na escrita e lançar obras além-carreira artística como autor, compositor e intérprete de música. Foi aí que decidi adicionar à minha manifestação oral através de diretos na minha rede social, ou do meu ‘podcast’, um projeto literário que as pessoas pudessem aceder fora de estarem na rede social. O Kapituluz é o cultivo de pensamentos meus organizados por temas, em formato de capítulos com o objetivo de partilhar a minha visão “das coisas”. Atenção que a visão do mundo e a realidade de um não invalida a visão e a realidade de outro.