O conceito de verdade deve se submeter às regras de formação dos objetos (regras de um sistema formal que calculam certos objetos) e ter alguma correspondência, no modelo em questão – o das regras – com objetos que também integram este modelo. E se há, na teoria dos atos de fala, um quadro de estratégias e de conceitos que, do ponto de vista empírico, regula ações intersubjetivas, prescreve compromissos interativos e normatiza comportamentos dos sujeitos historicamente determinados (MARI, 2008, p. 2), a lógica deôntica nos remete e remonta a base fundamental desse quadro de estratégias e conceitos da teoria dos atos de fala. Mas, ainda assim, prevalece o princípio de que qualquer fato discursivo exige pretensões ao sentido, sem o que seria impossível imputar validade aos nossos atos que tomassem a linguagem como médium.