Publicado em 1978 pela Editora Record, é o décimo (e último) livro do Ciclo do Extremo-Norte (série de romances de Dalcídio iniciada com o premiado Chove nos Campos de Cachoeira) e nunca foi reeditado. Nesse romance, Dalcídio Jurandir nos apresenta como ambiente a cidade de Gurupá, decadente após o fim do período de ouro da borracha na Amazônia, uma cidade morta em que os sobreviventes são de uma poderosa, grotesca e trágica autenticidade. Alfredo — personagem central da série desde o primeiro livro —, agora com 20 anos, enviado para Secretário do município, torna-se “Intendente Municipal dos Escombros” após a fuga covarde do seu antecessor.
Característica marcante em toda a obra dalcidiana, nesse último romance também desliza pelos parágrafos a imagem de uma profunda compaixão humana e a denúncia de uma realidade que nos inquieta e que não esquecemos mais.
“Ribanceira é, assim, o capítulo final de uma intensa e profunda obra, das mais expressivas da literatura brasileira, que não se esgota ao findar a leitura. […] É o fecho e ao mesmo tempo o início de um trabalho que consumiu quarenta anos da vida do autor.” (Salim Miguel – Jornal do Brasil, 1979)