Elizabete Hadi sempre acreditou na força das palavras, no sentimento de amor e nas histórias contadas numa saga inacabada. Ansiava desvendar o mistério apresentado naqueles livros de seu autor querido e admirado, mas, em seus dias solitários, o desenhava da forma que lhe vinha à mente, usando um de seus personagens descritos — uma leitora voraz, com seus fetiches literários…John Pierre, um jovem escritor de sangue francês. Um trauma lhe vestia os dias. Acuava-se em seu apartamento num subúrbio ao sul do país. Algumas matérias escritas para um jornal local eram seu sustento. Amar, para ele, se limitava apenas aos contos e crônicas estampados na coluna social.Mas o amor, por mais que se tente fugir, surge sem que se perceba, como um gato no telhado em seus passos sutis, invadindo os corações sem pedir licença e fazendo com que se mergulhe no sentimento que nos tira a razão e nos enche de desejos incontroláveis. E uma nova paixão é motivo de mudanças em sua vida retraída de escritor solitário.