O mistério da revelação de Deus desafia a curiosidade do nosso entendimento a tentar compreender algo que permanece inexplicável, como um mistério indecifrável para muitos teólogos. É um segredo oculto que ainda hoje é examinado, mas não pode ser completamente esclarecido. O que sabemos sobre Deus está ligado à revelação que nos foi dada para entendermos o mínimo do infinito. Há um segredo que envolve o nome Deus em hebraico na pronúncia do tetragrama sagrado. O nome de Deus foi revelado a Moisés quando apascentava as ovelhas no Monte Horebe. Esse segredo ele levou consigo ao Egito e o declarou aos filhos de Israel que eram escravizados naquele país. Entretanto, depois que o povo de Israel saiu do Egito e foi para Canaã, quando estavam no deserto, evitavam pronunciar o nome santo, pois receberam a ordem para não tomar o nome do Senhor em vão. Por isso, a verdadeira pronúncia foi esquecida com o passar do tempo. Desde então, a discussão polêmica em torno do nome sagrado tem gerado teorias e opiniões. Essas teorias, em sua maioria, não possuem fundamento sólido porque não se sabe como os judeus pronunciavam o nome de Deus.
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Podemos entender que tudo o que sabemos sobre Deus herdamos dos judeus, daqueles que creram em Jesus e cumpriram a missão do “ide e pregai a toda criatura”. O Eterno não se revelou a nós, Ele se revelou ao povo de Israel. De certo modo, adoramos o Deus que ainda é “desconhecido” para nós, pois não temos o pleno conhecimento dEle, haja vista que, em primeiro lugar, Ele se revelou aos judeus. Portanto, toda a revelação que temos sobre Deus veio em primeira instância da Bíblia Sagrada, o livro inspirado que contém os escritos sagrados dos homens que serviram ao Eterno. Esses homens, praticamente em sua totalidade, eram judeus, ou seja, descendentes de Abraão. Dessa forma, a palavra de Deus foi, antes tudo, revelada aos judeus porquanto eles foram escolhidos muito antes de nós.