Era uma reta que tinha sonhos. Sim, será que era proibido ter sonhos na geometria? Perguntava-se. No meio das formas geométricas, estava ali, seguindo sempre para o infinito. Às vezes seguia para a direita, outras para a esquerda, vendo paisagens distantes, montanhas, rios e lagos apaixonantes. Um dia, porém, cansou de sempre estar ali. As paisagens que via começaram a ficar desinteressantes aos seus olhos: queria ver coisas novas, fazer coisas novas, precisava de novas experiências, queria ver a vida por outros ângulos.