A pequenina borboleta resolveu, naquele dia, parar de voar. Uma vez, arranhou a asa num dos espinhos da rosa tão vermelha e bonita do jardim onde sobrevoava e ficou muito assustada. Com medo de se machucar novamente, escondeu-se por entre os galhos das plantas e por ali resolveu ficar. De onde estava conseguia ver outras borboletas voando alegremente. Algumas se batiam e se feriam mas depressa se recuperavam e continuavam sua jornada. Outras voavam mais alto e, inebriadas com o colorido do jardim, visto lá de cima, nem se davam conta da existência dos espinhos. Mas ela tinha medo. Medo de se machucar, de ferir as asas, de sentir dor.