O que pode acontecer quando uma bruxinha resolve fazer a mágica do encolhimento e ficar bem pequenina? E se ela, por acidente, caísse dentro do chapéu mágico de sua avó?
Ao usar o livro de mágicas de sua avó, Anis fica bem pequenina e cai dentro de um chapéu de ponta em caracol, onde encontra uma avestruz tagarela, louca por adivinhas. De adivinha e adivinha, Anis segue explorando o estranho mundo do chapéu, mas como não aprendeu a mágica para voltar a crescer, tem medo de não poder voltar para casa.
“Devo ter errado alguma coisa, porque em vez de encolher descendo, da cabeça para os pés, encolhi dos pés para a cabeça. O chapéu caiu para um lado, virou de ponta para baixo e ficou entalado entre a mesa e a cadeira. Foi uma sorte eu não ter soltado, com o susto, a pluma de avestruz. Bem devagar, como se fosse um paraquedas, a pluma foi caindo, caindo, e caiu dentro do chapéu. Passei por uma nuvem cor-de-rosa, um aeroplano azul, um passarinho verde, uma pipa amarela… Mal tocamos o chão, a minha pluma-para-quedas virou uma avestruz de rabo emplumado, que me perguntou com uma voz engraçada:— O que é o que é que cai em pé e corre deitada?A adivinha era tão boba que não dava nem vontade de responder, mas respondi:— É a chuva.Mal acabei de falar, começou a cair uma chuvinha fina e gelada.”