Faz sentido continuar ensinando conteúdos assépticos à realidade? Até que ponto a supervalorização de conteúdos específicos garante a formação de um profissional que atenda às demandas da sociedade de modo geral e contribua para a elaboração da consciência crítica? Qual é a contribuição da(o) docente nesse processo? Aliás, não contribuir com uma formação para “ensinar a pensar” a realidade criticamente não seria certa falta de compromisso com a sociedade? Essas questões desafiaram a autora durante os 15 anos em que foi responsável pela disciplina de Botânica Geral em um Curso de Agronomia numa instituição pública. Diante disso, lança alguns fundamentos para uma educação crítica e apresenta uma metodologia para o levantamento de problemas no ensino de Botânica com a utilização de textos alternativos. A intenção não é a de fornecer modelos que devam ser reproduzidos pelos professores de Botânica, mas sim servir de reflexão para aqueles que buscam superar as limitações pedagógicas impostas pela excessiva especialização do conhecimento.