Lockdown, São Paulo. Antes que a praga nos pegue, o editor decidiu deixar periculoso, imperfeito, contar a história de um estranho encontro. Pérolas, pecados, perigo. Existem afinidades eletivas (e um espectro) entre o escrivão Emmanuel e o revisor Leon, atônito, detido numa esquina da Liberdade. É um encontro de almas? Autoritário? Ao acaso? No ar denso, e contaminado, de uma delegacia, o aparato policial flerta com aglomerações, alcaguetes, falsários, negacionistas e ideias de matizes fascistas. Nas nuvens de ódio, escárnio e vírus, a dúvida paira hipotética. Numa das salas, Emmanuel tenta extrair a história do meliante.
¶ Nascido em São Caetano do Sul, Carlos Baptistella iniciou a carreira em 1977, em Sorocaba, SP. Foi office-boy, arquivista de clichê, repórter, secretário gráfico, arte-finalista e diagramador. Trabalha como diretor de arte na área editorial. ¶ Na imprensa diária, esteve no Diário de Sorocaba, Cruzeiro do Sul, Sorocaba Urgente, Folha de S.Paulo e outros. Como diretor de arte, fez as revistas Around (depois AZ), Nova Beleza, Marie Claire e Revista USP, além de editar diversos livros. Faz também ilustração digital, colagem e livros de arte. ¶ No percurso profissional, vivenciou a composição em linotipia, fotocomposição, arte-final, letraset, paginadores eletrônicos até os modernos programas de desktop publishing (DTP), e colaborou na interface para uso de Macintosh na implantação dos projetos regionais da Folha de S.Paulo, nos anos 90. Fez também design corporativo e dirigiu equipes em assessorias de comunicação. ¶ Trabalha também como professor de design gráfico. Atuou na PUC-SP, Belas Artes e ministrou alguns seminários. Graduado em Letras pela USP-SP (Português/Inglês), publicou Se a vida te parece áspera (poesia artesanal, 1994), Noite do beijo (ficção, 2009) e Prelo (ficção, 2020).