Preocupada em salvar o Instituto de Francês para Estrangeiros, Sophie é surpreendida: o marido foi promovido e eles devem se mudar da Provence para a Réunion. Keun-Suk é um famoso cantor coreano que tem um problema psicológico. Durante um show, ele perde o controle e o segredo quase vem à tona. Para se afastar da carreira e dos fãs, ele encontra na instituição de Sophie o local perfeito e propõe a privatização da escola. Chocada e ao mesmo tempo seduzida pela ideia, será que Sophie vai colocar o casamento em risco para aceitar a proposta inusitada do rapaz mais jovem e de uma cultura da qual não tem nenhuma informação?
Venha conhecer esse romance inspirado nos doramas coreanos!
Confira um trecho do encontro entre Sophie e Keun-Suk, em Paris:“— Onde aprendeu o francês? — Sophie aproxima a cadeira.— Na escola. Infelizmente o meu vocabulário é limitado. Se quiser, podemos conversar em inglês.— Aviso quando não entender alguma coisa. — Ela ajeita a bolsa na cadeira.O garçom serve o cappuccino e ela agradece com a cabeça.— Qual é o seu interesse na escola, senhor Lé-é Que… Queumm…— Lee Keun-Suk, Le-e K-e-u-n-S-u-k… — repete mais lentamente, reforçando os sons.— Senhor Lé-é… — Tenta repetir os fonemas inabituais e a língua escapa entre os dentes.Ele se diverte com o som do seu nome na boca de uma ocidental e concorda com a cabeça.— Quero passar um tempo por aqui e melhorar o meu francês.Sophie toma um gole do café e passa a língua sobre os lábios.Keun acompanha o movimento e franze as sobrancelhas ao ver quase todas as unhas e uma parte da mão cobertas com um curativo. Esconde as dele. Deduz que estão no mesmo estado lamentável.— Qual é o seu objetivo? Turismo? Trabalho?— A senhora leu o e-mail?Sophie coloca a xícara de volta sobre o pires.— Li, mas não entendi.— Um amigo que me indicou a sua escola.— Ele foi nosso aluno?— Ele anulou a inscrição quando entrou na Sorbonne.Com um pouco de esforço, Keun poderia ouvir o cérebro de Sophie funcionando.— O nome e o contato dele estão no e-mail que enviei. Pode verificar as informações.— Por que privatizar?— Porque posso…Sophie levanta uma sobrancelha e Keun cola um lábio no outro diante da expressão surpresa. Tem a impressão de poder ouvi-la o chamar de “cretino”.— Todos os quartos?— Sim.— Por quanto tempo?— Ainda não decidi… — Cruza as pernas. — Toda a primavera?— Eu entendi direito?— Sim, mas se a senhora ainda tem alguma dúvida, posso repetir em inglês.O rapaz sorri de canto. Insolente e absurdamente charmoso. Vê Sophie corar e abaixar o rosto para a tela do celular.— E quando o senhor gostaria de começar?— Imediatamente.Um raio de sol ilumina os olhos amendoados e lhe dão um brilho dourado. Percebe quando ela mexe no dedo com o anel largo e ri quando afasta a cadeira como uma presa consciente do predador.— Infelizmente, a escola está em obras.— Só preciso de um quarto.— Não posso receber ninguém no momento. Desculpe. — Levanta um ombro e o esfrega no queixo. — Posso indicar algum parceiro.Keun-Suk sente todos os seus músculos se contraírem. Não esperava por uma resposta negativa. Acostumado a ser bajulado, não controla a irritação visível nas sobrancelhas franzidas. Tenta mais uma vez com o argumento que sempre abriu as portas quando o sorriso não era suficiente.Inclina-se na direção de Sophie.Ela aproxima a orelha.Ele diz com um tom de voz um pouco mais baixo, como se contasse um segredo:— Dinheiro não é problema.Sophie lambe os lábios.— O senhor poderia repetir?— Dinheiro não é problema — diz em inglês para ter certeza de que ela entendeu.Keun-Suk a observa com uma curiosidade crescente. O olhar do jovem está focado sobre o seu rosto, como se quisesse memorizar cada traço ou descobrir o que ela pensa sobre ele.Sophie coloca a boina rapidamente, se levanta e pega a bolsa.”
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