O mundo do Velho Testamento acontece de modo pleno no interior da África, é Nova Orleans nas áreas de Vodu, é o interior da Romênia, de várias ilhas do arquipélago japonês, é parte da Ásia, da Índia, está viva em vilas da Mongólia, da Rússia, do Paquistão. Acontece hoje em áreas nobres de Nova York, em rituais macabros em fazendas do Arkansas. Terreiros de Umbanda e Candomblé, nos ritos das bruxas escocesas, nas festas a deusa morte do México, nas procissões de sacrifícios do Peru. Cito as que me ocorrem de memória. E é na leitura dessa vocação religiosa, do mítico dos povos, das crenças que moldaram as civilizações, que compreenderemos a figura do bode expiatório ( parcialmente – não consegui agrupar todas as descobertas sobre o assunto espalhadas em diversos estudos de Welington José Ferreira) e porque Jesus se identifica tão fortemente com a figura vetero-testamentaria até o livro de Apocalipse. Uma viagem pela história da religiosidade até a perfeição do tipo (tipo significa representação, símbolo, figura, e nas Escrituras possui uma profundidade assustadora) declarado em profecia.