A filosofia natural, distinguida da metafísica e da matemática, é tradicionalmente entendida para abranger uma vasta gama de assuntos que Aristóteles incluiu nas ciências físicas. De acordo com esta classificação, a filosofia natural é a ciência daqueles seres que sofrem mudanças e são independentes dos seres humanos. Este vasto campo de investigação foi descrito em tratados aristotélicos como física, Sobre os Céus, Sobre a Geração e a Corrupção, a Meteorologia, a História dos Animais, sobre as Partes dos Animais, sobre a Geração dos Animais, sobre a Alma (cuja receção renascentista não é discutida na presente entrada); a chamada parva naturalia (outros escritos menores); e alguns apócrifos (por exemplo, a Problemata),que foramlecionados nas universidades da Idade Média e no Renascimento. Durante o Renascimento, apesar da duradoura centralidade do paradigma aristotélico para a disciplina, a filosofia natural foi enriquecida e expandida por uma série de outras abordagens. No final do século XVI, a filosofia natural já não era identificada puramente com o sistema aristotélico ou com um currículo universitário padrão. Ao mesmo tempo, a proliferação de novos contextos e formas de aprendizagem não eliminou automaticamente os mais velhos, e esta fusão contribuiu para o nascimento da ciência moderna num período de agitação religiosa e política.