Dentro da sequência da série ESPERADANÇA, que se iniciou em demanda procurando as Raízes – e que tem em si o tema da dança, da pausa ou silencio, e da esperança como algo universal – seguimos a linha ao estender o poema como tema do SONHO que foi unindo mundos a um passo gradual… se antes caminhávamos – e nos encontrávamos no ritmo sereno do inspirar, do coração a latejar, do compasso dos passos entretecidos que se iam deixando – descalços – confiantes, entre os meios naturais tão viventes como as gentes que neles seguiam suas vidas… estivemos entre estes povos, trouxemos mensagem, caminhamos entre seres do mundo inteiro – procurando essa perseverança renovada que nos faz evocar o sonho de unir na essência y mostrar o único y apreciado de cada povo e cada ser humano… nessa pequena odisseia em poema – a série “esperadança” – avança ao encontro entre culturas, ao se ouvir o rugir das águas dos braços de rio ao se achegar ao seu mar… uma melodia incerta que canta e se agita até se alinhar… o doce da vida com água e sal de lágrima esquecida em nomes sem igual… essa vontade de amar e de estender o abraçar e ir mais além – desse furor que foi mais além dor e encontrou sempre alguém – ou que voltava ou que seguia – que perseverava ou que procurava palavra amiga… e esse algo que se anuncia em cada linha desse poema ainda ausente– para quem o elabora – tremura que se estende pelo corpo fora – como se fosse um corda temperada – que se toca e se deixa soar – depois a mão que iniciou o acorde – toca de novo e a alegoria fica a pairar no ar…Entretecida em quem ouvia… em que a sentiu, em quem se deixou divagar… pelo tema que se pensava – que se sentia ou intuía de uma forma mais ou menos elevada… nestes temas – não levantamos o tempo nem o timbre dessa sonoridade– são compostos na calma e na paz que se espera – compasso de espera, nevoeiro como diria Pessoa na sua “Mensagem”……e vai-se ficando essa linha entre pontos que se faz afim ao nevoeiro no que estamos a passar…deixar a mesma peugada aonde se esta a passar – nessa reia que o tempo não deixa de repuxar… neste tema – as descobertas e o encontro foram a pauta inicial e levaram a que as diferentes perspetivas se encontrassem enquanto vagassem no seu cantar próprio.Esperamos seguir nesta linha poética para ir cantando e evocando o momento presente, as raízes profundas dia passado ausente e a promessa do fruto futuro ainda ancorada nesse lugar almejado ao que ainda não temos chegado…Obrigado por seguir ai a acompanhar esse divagar de poema cujo tema tem um leme de neblina cristalina, uma vela de coração cansado… e um vento de algo que nos traspassa e que inspira a se deixar levar na maré… seguindo as ondas quiçá encontremos esse lugar tal qual ele é…
Um Poeta