Este é o terceiro livro de Marcos Azevedo que tenho a honra de prefaciar. Faço-o com o mesmo ardor e com o mesmo entusiasmo. Agora, como das outras vezes, o nobre escritor trata de um assunto vital para a família e para a sociedade: Ética e Espiritualidade. Esta obra vem tempestivamente trazer um alerta e ao mesmo tempo abrir um caminho pontilhado de luz. Um alerta porque estamos assistindo o naufrágio da virtude, a falência da ética e o abandono da verdadeira espiritualidade. Campeia em nossa nação o descalabro moral, desde o vértice da pirâmide social até sua base. Multiplicam-se os escândalos em nossa nação, procedentes não apenas do sub-mundo do crime, mas dos palácios, das casas de leis e, às vezes, até das cortes. Muitos pregadores que deveriam ser modelos de piedade e conduta, vendem sua consciência pelo lucro e tornam-se pedra de tropeço. Aqueles que deveriam ser o paradigma da ética, não raro, se tornam os mestres do crime. Sem exemplo, os governantes tornam- se tiranos com poder nas mãos. Sem justiça, os tribunais tornam-se fonte de medo e não lenitivo para os aflitos. Sem verdade, a sociedade capitula-se aos devaneios mais radicais da insensatez.
Marcos faz um diagnóstico preciso da sociedade brasileira, penetra nos corredores sombrios da realidade eclesiástica e destampa os abismos do relativismo moral que grassa na família, nas instituições religiosas e no governo. O autor não apenas traz à lume essa crua realidade, mas aponta caminhos, oferece soluções e indica a porta de saída. Este livro, derrama luz na escuridão, apontando o caminho aos errantes e oferecendo o remédio aos que foram adoecidos pelo sistema.O autor combina de forma eloquente ética e espiritualidade, uma vez que a ética é filha da teologia e a teologia é mãe da ética. Só podemos nos relacionar bem com nós mesmos e com o nosso próximo quando nos relacionamentos acertadamente com Deus. Na mesma medida que caminhamos na direção de Deus, fazemos uma jornada na direção do próximo. A derrocada da vida, o estrangulamento dos relacionamentos e a corrosão dos valores morais são subprodutos do afastamento de Deus. O apóstolo Paulo disse que a ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens (Rm 1.18). A impiedade desemboca na perversão, pois toda vez que o homem se afasta de Deus (impiedade) ele corrompe sua relação com o próximo (perversão).Marcos Azevedo é um pastor de almas e ao mesmo tempo um erudito. Ao mesmo tempo que tem sua mente banhada pela luz do conhecimento, seu coração é aquecido pelo fogo da piedade. Ele tem conhecimento teórico e credencial moral para tratar deste momentoso assunto. Minha ardente expectativa é que os leitores, encontrem nestas páginas que se seguem, resposta para seus dilemas, bálsamo para sua alma e um tônico para seu coração. Boa leitura!
Hernandes Dias Lopes.Pastor da Primeira Igreja Presbiteriana de Vitória – ES, escritor e conferencista.