Em A crise socioecológica no labirinto do capital, Fernando Bilhalva Vitória propõe-se a demonstrar a crise socioecológica, em que vivemos, sob o capitalismo. Para fazê-lo, o autor recorre a Karl Marx e a Nicholas Georgescu-Roegen. Se Marx e Roegen podem ser tomados como referências para explicá-la, sua ruptura é encaminhada, sobretudo, à luz das ideias do segundo. Neste texto, torna-se claro, aos olhos de todos aqueles que estão dispostos a ver: sob o capitalismo, não se viverá algo diferente do que produziu tal crise, e sua superação definitiva supõe a sublevação do modelo econômico que a originou. Não há espaço para reformas. Como substancial, para esta ruptura, é realçado o papel da educação, tomando-a como a experiência, a partir da posição que os sujeitos ocupam na produção e, sobretudo, a questão da superação da alienação (da produção, da natureza e entre os próprios humanos). Se isso não for suficiente para o leitor, a obra tem, ainda, o mérito de apresentar uma leitura desta crise socioecológica, com base nos campos da economia política e da economia ecológica.